Ao olhar o horizonte
Em mais um fim de tarde
Com minhas lágrimas
Mergulhadas na tinta
Fazendo das palavras marcas no papel
E no meu solitário coração.
Já se passaram muitos anos
Me esqueceram
Nesta casa a beira mar.
O vento frio do mar do norte
É típico dinamarquês
Me faz pensar em querer
Voltar no tempo.
A 5 mil anos atrás
Em tempo de batalhas
Espadas e escudos
Vikings a navegar.
Entre o gelo e a neve
Nada teria a lamentar
Mas a lutar por objetivos
Sonhar e conguistar.
Hoje estou aqui
Sou prisioneiro
Nesta vida que tenho.
Com minha pena de cisne
Na velha mesa de cedro
Ao lado da janela escrevo
Lamento e fantasia.
Ao meu lado a lareira
Na janela bate o vento frio
E na mesa o vinho quente.
Passarei o que me resta deste tempo
Nesta casa entre o frio e a noite
O amanhecer e o entardecer.
Serei lembrado um dia
Não sei! será segredo do destino
Mas o que resta ao meu coração
E esperar pela proxima estação.
Ainda vou lutar
Para não ser lembrança
Rascunho em uma gaveta.
E quando o inverno chegar
Quero ser lembrado
Como a primeira estrela no horizonte
O escritor dinamarquês
Que em sonhos foi navegar.