Admiro o amanhecer
O jardim das mais belas flores
E o orvalho cristalino.
Que suavemente cai
Na madrugada sobre o campo
A esperar o raiar do dia.
Sou eu a brincar com as palavras
Junto a meu velho caderno de capa dura
E um lapís dinamarquês
Presente de uma camponesa
Nas minhas viagens pelo mundo.
Tantos! quantos? são os meus amigos!
A camponesa
O capitão e seu navio “Luna”
A dama que dançou comigo e partiu.
Até o gato...é o gato
Que no beco me assustou
Tambem virou meu amigo.
Muitas histórias
E que lembro
Em cada rabiscar.
E pensei que bom seria
Se um presente
A esses amigos enviar.
Escrevi cartas em todas as linguas
Ate em “Gates" a lingua dos gatos.
E convidei pequeno beija-flor
A viajar em meu lugar
E lhe disse:
Entregue essas cartas
Contendo o meu carinho
E a amizade que não tem distância.
Não me interprete mal
Pequeno pássaro
Mas não esqueça
De meu velho amigo gato.
Por que sei que é encantado
É Veloz ao deslizar
Na imensidão azul
Nesse céu de verão.
Sei que voa bem alto
Embora apenas te veja
Tão baixo ao lado das flores.
Vai beija - flor
Leve bons sentimentos
A quem essas cartas receber.
E no amanhecer partiu
Ao final da tarde voltou
Com chuva e alegria.
Batendo asas, sorriu
E minha face abraçou
E voltou para seu jardim
Que está dentro do meu velho caderno
Que sempre fica aberto
Esperando ele voltar...
Rodrigo Marcs
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