De um ancião escritor
Que observa de sua janela
Os becos em caminhos tortuosos
As flores de jardim suspensos
Que trazem pequenos colibris
De tantas cores.
De boina cor de vinho
Fica o ancião em êxtase em dia nublados
Um chá lhe cairia bem?
Um vinho! E histórias a contar.
As ruas são desertas
Apenas os pássaros a rodopiar pelo céu
Dias de reflexão, quarentenas!
Sentimentos misturados
Que andam cinza por esses dias.
Resta ao escritor que tem
Ao seu lado sua maleta
de couro curtido
És a guardiã de suas memórias.
Ao beber seu chá...ou vinho!
Direciona seu olhar
Buscando o horizonte.
Folheia seu diário amarrado
Com fitas de couro
Onde repousa
Seus rascunhos de pensamentos.
Sentimentos colhidos pela vida
Em dias nublados
Em dias antigos
Que eram chuvosos de alegria.
Até dias de Silêncio
De reflexão e direcionamento.
Então pelos dias ele escreve
Sua vida em história poética
De momentos naturais
A sonhos enamorados.
E quando terminar o dia
Escreverá o que a sua alma anseia
São apenas reflexões!
Dias difíceis a passar!
São dias nublados em Paris.
Imagem:https://pixabay.com/pt/photos/paris-montmartre-caminho-3193674/