domingo, 31 de julho de 2016

Neblinas no caminho





Ao amanhecer a chuva que acalma
Desta vez esqueceu de mim
E o sol se enrolou na neblina
Tímido assim não quer brilhar.

Começo o meu dia
Do jeito que da
Bebo meu café
Apurado, que fica amargo.

Não tenho fome
O que quero não tenho
Perdi a inspiração
Não consigo escrever.

Lamento tudo ficou cinza
As nuvens nublaram o meu pensar
Vou sair, trabalhar entre quatro paredes
Ao som de buzinas, multidão e barulhos do dia a dia
Não me assusto
Mas Respiro fundo.

Quem sabe ao final desse dia
Esperançoso ainda espero
Que tudo mude
Que a vida floresça outra vez em meu jardim.

Espero, conto o tempo
Os segundos lá fora
Ainda sem a chuva e o sol
Que não vem.

Outra vez em casa o dia passou
Cansado deito em meu sofá
E antes de adormecer
Percebo o entardecer.

Enfim tímidos raios de sol aparecem
E tão suaves como chegaram
Delicadamente no horizonte se escondem.

E a chuva gota a gota
No telhado bate
Avisando que chegou
Para alegrar a minha noite.

Adormeço com a esperança renovada
Esperando o próximo dia
A batida em minha porta
A minha inspiração
Carregada de gotas de chuva

Encantados raios de sol.



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