São 16:45 no velho relógio de bolso
É inverno em Londres
Fria tarde de 1875.
É inverno em Londres
Fria tarde de 1875.
Dias que passam sem sol
Apenas nuvens vem dançar
Apenas nuvens vem dançar
Carregadas pelo vento, e pelo tempo.
E na sala vazia fica
Uma mesa
Uma cama
Uma cadeira
Uma mesa
Uma cama
Uma cadeira
E a máquina de escrever.
E na mesa a xícara de chá
Um prato com bolo
Talvez doce, ou não.
Um prato com bolo
Talvez doce, ou não.
Aqui as paredes não tem cor
Nesta velha casa
Abrigo de histórias
De cavaleiros e damas.
O meu coração bate
Está lento, já não é mais o mesmo
Está lento, já não é mais o mesmo
A idade avança
Os olhos cansam
A vida acaba
Os olhos cansam
A vida acaba
Nesta casa.
A minha fuga é a velha máquina
Me transporta para muitos lugares
Viagens que foram feitas
Ou apenas sonhadas.
Viagens que foram feitas
Ou apenas sonhadas.
Sem sair do lugar
Nesta tarde eu posso
Viajar no tempo.
Nesta tarde eu posso
Viajar no tempo.
Permito que meus dedos calejados
Encontrem na máquina
Os números 2.0.1.7, e começo a viajar pelo espaço e pelo tempo.
Encontrem na máquina
Os números 2.0.1.7, e começo a viajar pelo espaço e pelo tempo.
Em minha loucura, sonho ou ilusão
Abro meus olhos
E me encontro ao seu lado.
Abro meus olhos
E me encontro ao seu lado.
Um jovem escritor
Que escreve sobre o tempo
E percebo que foi ele a me libertar.
E percebo que foi ele a me libertar.
Daquela velha casa em Londres
Em uma fria tarde de inverno
Quando escreveu em sua estranha máquina.
Ano 1875, Londres. ( Vim lhe salvar)
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