Contemplo a beleza
Do sereno gelado
Da minha janela.
Esquecido está o morador
Em um velho castelo
Perdido no tempo
Além do sonho e imaginacão.
Para alguns morada dos deuses
Para outros paraiso inverso.
Não há frio que faça sofrer
As noites são solitárias
Apenas o papel, a caneta de pena
E um tinteiro de origem oriental
São companhias em longo inverno.
Deixe-o admirar o cair da neve
Fração de segundos
Até se formar a beleza
De delicado floco em cristal.
E assim tudo muda
Em um piscar o sonho se disfaz
E volto a realidade.
Da janela a neve cai
Meus pensamentos voltam
Para uma xicara de chá de ervas
Que provocam Ilusões e loucuras
Ao velho escritor que esqueceu
A origem utópica de sua morada
Em um castelo abandonado.
E volta-se a se encantar
Com o cair da neve
Em uma fria manhã de Natal.
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