terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Faíscas no céu

Ao perder o sono
Meus passos são lentos
Silêncio é preciso
Para não despertar inocentes
Em seus sonhos delicados.

Aflições do meu mundo
Uma fração de pensamento
Como uma flecha envenenada
Ao meu encontro certeiro.

São preucupações do dia
Que me assolam a noite
São tantas contas.....
O rémedio, o gás e o pão de cada dia.

Familia a manter
Sou pai, tenho a minha obrigação
Abro a janela
A noite está escura
Como a minha direção.

Não vejo nada
Respiro o ar da madrugada
Olho novamente o céu.

Faiscas riscam a noite
São belas, encantadas
Singelas estrelas cadentes.

Faço um pedido
Ao lançar a minha fé, acredito
Que ao amanhecer
O vento vai mudar
E a tempestade enfim passar.

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